quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Vidas Barganhadas

No Brasil, a violência é comum posto que foi o alicerce da sociedade, usada contra índios, escravos, mulheres, crianças, paraguaios... A bandeira remete a um verde já escasso que encobre o vermelho sangue, sangue intrínseco no “progresso” brasileiro.
Os pioneiros constroem o meio para que seus sucessores venham a adaptar-se. Como país de exploração padeceu sob o domínio português, uma agressão cultural física e moral. A mídia vende e sustenta-se nesta violência, multiplicando-a indiretamente.
Pelo que nos é permitido saber, supostamente os outros países são perfeitos, logo comparando-se com o Brasil que, quando faz arte – expressão da cultura de um povo – ela atende por “BOPE” e “CARANDIRÚ”, depreciando o país e seu povo cada vez mais menosprezado por seus ídolos. Violência também é agressão moral. Todo brasileiro carrega a idéia de país de terceiro mundo, tachada pela ONU, povo de terceiro mundo...
Com estresse, medo e toques de recolher estipulados por bandidos, o cidadão comprime seus olhos nas palmas das mãos, proibido de chorar, segue, guarda, morre aos poucos agredindo-se por dentro.
Não há vida, brincadeiras, conversar. A morte por meios acessíveis fez com que o medo do homem reinasse sobre o próprio. Tudo perde o valor quando tem excedente, o ser humano transborda o mundo, torna-se então indiferente uma vida a mais ou a menos, contanto que o problema individual seja resolvido.
Falta uma prática mais rigorosa das leis brasileiras, um aumento na credibilidade do Brasil.
Falta ao brasileiro orgulhar-se do Brasil, um povo unido que faça uma sociedade real.
Não se deve jogar tudo que ruim que temos na terra e esperar bons frutos. Mas sim cuidar dos bons ramos e orgulhar-se de tê-los, mesmo que em menor quantidade, maior motivo para maior cuidado.

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