quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Pêndulos

Em “A cabeça do brasileiro”, Alberto Carlos Almeida expõe dados de sua tese sobre a influência da escolaridade na índole humana, já que segundo suas pesquisas, nas decisões referentes à sociedade a escolaridade define decisões melhores. Entretanto, tratando-se de privilégios, tanto analfabetos quanto escolarizados afirmam sua inclinação corruptível.
A educação traz a lucidez, e esta nem sempre é paralela ao bom caráter. A súcia corrupta que parasita o governo, em suma possui escolaridade superior. Assim entende-se que o nível atingido por alguém na escola não garante sua honestidade.
Então ambos os lados, segundo Almeida, demonstram igual interesse em ser exceção, logo admite-se que mesmo tendo mais consciência do mal que podem provocar, alguns bacharéis não resistem à propostas indecorosas.
A índole da evolução tende a selecionar os mais espertos, segundo Darwin: “Sobreviverão apenas aqueles que melhor souberem tirar vantagem do meio, adequando certas características e evoluindo”. Evoluir é utilizar da melhor forma possível o que se possui naturalmente.Almeida comprova então, que a ganância está intrínseca na evolução mental, com a escolaridade alguns seres humanos apenas aperfeiçoam seus golpes.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Brasil, língua oficial: Português

“Kat chup, out-door, Xerox, notebook, skate”, estes são exemplos de estrangeirismos trivialmente utilizados, é muito não conhecem sua origem. Com a “internet” (outro estrangeirismo) os verbetes “americanizados” invadem diálogos e formam, muitas vezes, orações inteiras sem uma palavra em português!
Infelizmente o vício de mascarar a realidade, nossa imprensa e mídia não adquiriram. Na mídia, o Brasil não passa de um país do terceiro mundo, subdesenvolvido com fila de desempregados e excedente de analfabetos. Esta é a mídia “Hollywood” eu depreda o Brasil enobrecendo assim os países “perfeitos” do resto do mundo.
Sem pensar o brasileiro veste-se de norte-americano, adere a modos europeus, e valoriza mais as culturas estrangeiras que a “pau-brasil”. É culto trocar a visita a museus brasileiros por uma dose de “whisky” escocês num boteco de Paris.
O português é o idioma mais rico do mundo, a cultura brasileira é bela e única. Entretanto preferem alguns iludidos, engolir sua “brasilidade”, aceitar a imagem e macaco, dominar outro idioma e ser taxista ou garçom em outros países.
O brasileiro deve sentir orgulho de ser brasileiro. Se o povo não honra sua pátria, cabe ao governo expor motivos para tal e educá-lo abolindo estrangeirismos. Se o brasileiro adquirir mais confiança em no Estado, sua confiança e amor a pátria aumentará.

Mais de 2000 anos de vantagem

Na teoria o Brasil foi o descoberto em 1500 d.C., porém durante os trezentos anos príncipes, o território foi apenas colônia de Portugal para exploração, chegaram navios com a súcia e voltaram abarrotados de riquezas no lugar desta que permanecia aqui agredindo índios e a natureza, colonizou-se assim o Brasil.
Em 1808 Dom João assenta-se aqui com sua família e realeza. Brasil? 1808? Começa então uma evolução econômica-cultural. Com a fixação do Império, o país começa a ser visto e, procurado. D. João funda as primeiras faculdades de medicina brasileiras – estas criadas para portugueses já derivados do ginásio, posto que, no Brasil, não havia escolas fundamentais – instala também a Imprensa Régia e o Banco do Brasil.
Rivalizar o Brasil com outros países, principalmente do Velho Mundo é fazer pilhéria! Se, há dois mil anos Jesus já freqüentava uma escola e sabia ler e calcular, é justo que a Europa tenha métodos de ensino superiores ao de uma recém república que teve sua primeira escola há duzentos anos. Comparar o Brasil com a Finlândia, Hong Kong e Canadá é demasiado ingênuo.
A educação brasileira tem baixo nível de eficiência devido a sua pouca experiência e a priorização da quantidade. Olhando a China comunista, milenar, e o Brasil, percebe-se a relevância da experiência. A forma de tratamento em classe, o desrespeito e a gratuidade do ensino público, também degradam-no.
Cabe ao governo primar pela qualidade do ensino, criando vestibulares e filtrar melhor seus alunos, dando oportunidade a quem mereça e seja capaz. Se o ensino brasileiro fosse mais rigoroso não haveriam tantas comparações como a acima citada, com argumentos tão ingênuos. A mídia e o brasileiro devem e pensar mais antes de proferir algo que possa disseminar a ignorância.

Teatro social

A sociedade presente conserva seres com várias personalidades. A convivência grupal depende de certas atitudes comedidas, politicamente corretas.
Como tudo tende ao equilíbrio, há pessoas com prática adquirida, usando e abusando da boa fé humana. A cada bom ato surge um novo golpe contra o coletivo. Os jornais exibem diariamente logros astutos e promessas não cumpridas por seus devassos demagogos.
Gerar personagens para determinadas situações tornou-se comum, a intimidade é o que geralmente define a forma de tratamento. É irrefutável, a sociedade fundamentalizar-se nas máscaras utilizadas por cada um.
A educação e cortesia definem certamente a reação. Há dias em que um simples “Bom dia!” parece motivo de discussão, cabe ao receptor ter bom senso, conter o ímpeto agressivo e corresponder cordialmente.
A humanidade evoluiu e tornou-se multifacetada, foi uma característica adquirida e aperfeiçoada com o tempo, não obstante cabe a cada ser determinar seu devido uso.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Indiferença...

Certo dia, depois de determinada conversa, uma pessoa inquiriu-me:
_ Dirigindo em uma estrada, surgem em sua frente, um bebê e um filhote de cão, muito próximos para que possa frear. A você restariam apenas: matar um deles ou bruscamente tombar seu carro para fora da pista, dando sua vida em holocausto. O que faria?
Pensei por algum tempo e respondi, já tendo em vista sua reação:
_ A criança, obviamente...
_ Ãhh??? O que está dizendo? Você seria mataria um bebê por um animal?
Percebendo sua reação, arrependi-me, agora teria de suportar ferrenha homilia.
_ Os dois são animais... – justifiquei minha resposta.
_ Não, estamos falando de um ser humano, uma criança, um dom de Deus!
­_ O filhote, outrossim, foi feitos pelo Grande Arquiteto...
_ Mas... – touché! – não... O... Filhote não vale uma vida... Humana.
_ E quem definiu isto?
_ Deus, somos imagem e semelhança dele, somos feitos para governar.
_ O leão, o urso ou um gorila são submissos a ti? O vento te obedece? A Chuva, o fogo? Então o que governa se o próprio cãozinho depois de adulto poderá produzir tanto medo em tua vida?
_...
Continuei então, buscando demonstrar meu ponto de vista;
_ A meu ver, o cãozinho jamais fará algo fora do que seu instinto permita, jamais matará qualquer ser vivo sem motivo, jamais agirá com frieza ou planejará a morte de outrem. Já o bebê, quem me garante tais valores. O mundo diariamente oferece-me apenas motivos para ter nojo de meus semelhantes, são poucas as pessoas que cumprem sua missão no mundo. E tem coração tão puro como o filhote. A meu ver tenho a oportunidade de escolher entre a certeza ou arriscar-me na dúvida. Dez seres humanos quando usados para bem infelizmente não consegue ainda superar um que decaiu. Realmente o Arquiteto deu-nos grande poder, entretanto são repulsivas as atitudes oriundas deste poder mal utilizado.
A conversa assim findou. Um amigo a menos, um filósofo a mais.
Não me julguem pelo que sou ou penso, mas julguem o mundo que me fez assim e os seres que me cercam. Em minha vida (in)felizmente a maioria das pessoas que conheci mostraram seu pior lado. Desde cedo vi o mundo como ele é, enquanto meus amigos assistiam cocoricó eu lia Nelson Rodrigues, e vivia Nelson Rodrigues, e via Nelson Rodrigues acontecendo ao meu redor. Acredito em Deus, penso que cada ser vivo veio a este mundo para algo, e não porque o Arquiteto sentia-se só e criou um povo para adorá-lo. O mundo é mais do que isso, Deus é mais do que isso, VOCÊ é mais do que isso. Deus não joga dados...
Não busco simplesmente a polêmica ou perder amigos, busco alguém que tire está minha razão, que arranque este monstro que me consome dia-a-dia, noite-a-noite, esta indiferença para com a vida humana que congela minh’alma. Não quero ser o que sou não gosto do que sou, mas sou. Sou pelo equilíbrio natural das coisas, sou porque sei que todos os seres viventes têm os mesmo direitos, sou porque acredito na natureza e na criação divina. Sou porque o mundo me fez ser assim. Sou porque ainda busco alguém que prove meu erro de conduta.

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