sexta-feira, 5 de setembro de 2008

7 de Setembro - Dia da Indapendência do Brasil

O Brasil não é independente. Nenhum país é independente. A independência é uma ilusão. Um romantismo. Como qualquer comerciante depende de uma clientela que mantenha seu status e seu crescimento, por mais habilidoso e bem sucedido que seja esse comerciante, qualquer país depende dos outros para pelo menos preservar suas conquistas.
Assim é e assim é que tem de ser. Um país independente seria arrogante demais para que a espécie humana ainda estivesse viva. Um povo independente certamente dominaria os demais, manter-se-ia isolado e morreria por falta de enriquecimento genético e cultural para acompanhar a dinamicidade da Natureza.
A independência que estamos celebrando não é mais que a conquista do direito de decidir acerca do nosso próprio destino, agir por nossas contas, errar e aprender com nossos erros e, por fim, estabelecer uma identidade nacional que nos permita uma qualidade de vida satisfatória.
E não devemos nos empenhar por mais que isso. Não podemos herdar a prepotência dos países que se julgam independentes de todos os outros. Todos os povos merecem uma boa qualidade de vida e que não sejamos, nós, os brasileiros, os empecilhos dessas nações ainda em busca de desenvolvimento.
Somos um povo em formação e, justamente por isso, tudo que somos e temos ainda não é o que sonhamos ser e ter. Naturalmente. Não basta delimitar fronteiras para fazer uma nação. Temos território e soberania, um país, mas ainda não temos muitas características comuns.
Os muitos povos, sempre bem vindos, que colaboram na formação do povo brasileiro, ainda mantêm interesses originariamente distintos, os quais deixarão de existir quando o Brasil for reconhecido por sua maior vocação: a de ser a casa de um povo com todos os caracteres de todos os povos do mundo. Sem diferenças étnicas ou culturais. Mas isso não é para hoje ou amanhã. Há muito trabalho e muito tempo a ser cumprido.
O que somos e o que temos, portanto, não deve ser comparado ao que são e ao que têm os países que já alcançaram seus objetivos. Tudo que é nosso está incompleto. Nossa democracia está a caminho. Estamos construindo o nosso jeito de ser-juntos dia a dia.

Se alguns países já a têm exemplarmente, ótimo para o planeta, contudo a democracia exemplar de um outro Estado não deprecia a nossa. É normal que tenhamos e cometamos inúmeras falhas. Não podemos nos conformar a elas, mas também não podemos nos julgar o pior dos piores porque convivemos com sistemas perversos de corrupção. Nenhum país fez a sua democracia de um dia para o outro e nem a preço baixo.
Em vez de apenas reclamar, nosso dever é estudar e trabalhar sempre para ser a cada dia o melhor cidadão de um país melhor. Não melhor que outros, mas melhor que a si mesmo. E, se necessário, aprender para ensinar a alguns povos que a democracia não é necessária apenas entre cidadãos, mas também entre países. O mundo precisa de menos guerras e mais colaboração. De menos presunção e mais solidariedade.
Se a Ciência já defende a idéia de que existe apenas uma raça humana, que a Terra seja a nossa casa.

Mário César Rodrigues, é colabora com o blog sempre que possível ajudando na disseminação da cultura e mostrando que o brasileiro também tem seu valor intelectual. Seu Blog virtualidades pode ser acessado a partir do link ao lado.

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