Antônio Frederico de Castro Alves, nasceu na Bahia em 14 de março de 1847 e morreu ao sexto dia do mês julho de 1871 sem um pé, amputado, com uma doença pulmonar fatal e apenas com uma obra publicada: Espumas Flutuantes, coletânea de poesias. É patrono da sétima cadeia da Academia Brasileira da Letras.
Suas obras foram: Espumas Flutuantes (1870); Os Escravos (1875); A cachoeira da Paulo Afonso (1875); Manuscrito da Stênio; Gonzaga, ou a Revolução da Mina; além destas existem vários ensaios de temas como: patriotismo; república; natureza; liberdade; judaísmo e abolição. Este último o mais bem elaborado, ao qual se dedicou com mais afinco. Sobre o tema, seu poema mais disseminado foi “O navio negreiro” , forte e carregado de sentimento, pesar, além da idéia atemporal: a abolição…
O navio negreiro representou a voz preta, da senzala, sua linguagem popular mas carregada de significado deu-lhe destaque, ao ler é possível visualizar a cena, sente-se o cheiro, vê-se o preto como bicho acuado… Hoje seria como sensacionalismo, necessário a causa. Não ocultava nada, mas sim esfregava sangue e suor escravo na alva burguesia.
Nesta obra o romantismo expressa-se nas idéias abolicionistas e que defendiam um ser humano igual, salientava muito os sentimentos em comum, desejava mostrar que tanto pretos quanto brancos teriam a mesma reação frente à chibata.
Castro Alves estava decidido a mudar a sociedade através da cultura, sonhava com justiça. Morreu aos 24 anos com sua idéia, mas seu ideal permanece hoje, e como o preconceito vive em meio a nós.
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