quinta-feira, 31 de julho de 2008

Democratizando a má qualidade

Educação, alicerce de todo e qualquer sucesso. Grandes guerras foram vencidas por estrategistas astutos, civilizações perpetuaram-se graças a estudiosos com visão.
No Brasil, salvo exceções, temos ótimas e estruturadas instituições de ensino, com mestres cada vez mais capacitados, porém estes se chocam com o desinteresse de alunos obrigados a freqüentar aulas que não valorizam. Diferentemente do supletivo: pessoas que perderam a primeira chance e agora dão valor a cada segundo de aula.
Há então, uma elitização da educação de qualidade, quem dá pode busca um corredor de escape com o ensino particular, caso não, que se contente com uma sala de aula depredada, quente, apertada, com professores desmotivados por arruaceiros uniformizados e mal remunerados por um patrão ausente.
Buscando educar e equidade surge à progressão continuada. Atrasando quem tem interesse na escola, desvalorizando o ensino público enchendo o mercado de diplomas por responder chamada. Quem tem poder aquisitivo e tempo, recupera com o cursinho, senão, não importa sua capacidade o mercado quer os melhores. Não importa o afinco com que estudou durante doze anos, pois qualquer um conclui o ensino médio atualmente. Por este caminho também seguem as faculdades, não importa a qualidade, mas sim a quantidade de universitários pagantes. Com esta política de educação para todos, não se pode diferenciar o médico do “assassino com um bisturi”. Muitos sonham apenas em ser “dotô” e sem capacidade se formam, para retalhar os pobres mortais.
Observando uma colônia de abelhas, há três castas: operárias, zangões e a rainha. Comparada com o Brasil é simples entender o que nos falta: estabilidade econômica; controle populacional; e cada qual executando tarefas e acordo com suas aptidões.
Quando coloca-se cada qual exercendo o que é capaz, tem-se uma sociedade perfeita. Devemos entender que, sim todos têm direito a educação, mas cada qual em sua capacidade. Uma casa não é feita somente por engenheiros bons, mas também por pedreiros, e não há porque um pedreiro ser formado em engenharia apenas por status e depois construir prédios “kamikaze”. Se ele apenas souber ler e escrever para não ser enganado será um ótimo e eficiente pedreiro, que é o que sua capacidade permite fazer de melhor, e que esta na área de seu agrado.
Sem os zangões a colméia fica a mercê, sem a rainha as operárias ficam perdidas e sem as operárias não há alimento. Todos são importantes, não há sociedade sem operários, os grandes não sobrevivem sem os pequenos, quem segue o estratagema dos grandes generais são os soldados rasos.
Obrigatório é saber ler e escrever, para bem se comunicar, quem deseja mais deveria passar por uma prova de aptidão para a 5 série. Assim evitamos o excesso de profissionais incapazes e infelizes, além de garantirmos a qualidade, tanto da educação quanto dos serviços prestados, além de garantirmos a existências de profissionais que entrando em extinção.
A todos um grande abraço, e lembrem-se não há pontos de vista certos ou errados apenas diferentes, escrevo sempre o que penso na esperança de algum dia encontrar alguém que me prove o contrário.
Lorrayne

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